terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Crise existencial.


E quem me ver assim de longe, me toca, me segue, me abraça acha que me conhece. Pra saber o que acontece aqui dentro, ai dentro, lá fora ou em qualquer lugar tem que ser intenso demais, e até esses não sabem, ninguém sabe, eu não sei. São muitos Porquês. Quem nunca parou pra pensar no que vai dar essa vida? Quem é você e o que tá fazendo aqui? E quem encontrou resposta? Prometo que ninguém. Vamos vivendo assim sem sentido, como se o certo fosse isso. E quem sabe o que é certo? Incerto ou não continuemos. Assim vai...

(Jéssica Barreto)

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Oh, formosas borboletas.


Hoje, em um horário ruim e cheio de movimento, onde ninguém consegue ver o que é colorido. Rotina, Cansaço. Calor. Pessoas. Sim, nós, os responsáveis por deixar esse mundo sórdido, maltratado e deprimente em que não conseguimos olhar o que é doce ou o que é beleza, e se olhamos é tão fugaz. Sobrevoam por minha face e cabelo, dois seres tão minúsculos e não-notáveis, mas tão cheio de cores e vida voando tão rápido levando vultos de cores sobressaindo no meio de nuvens de poluição e cabeças confusas e cansadas e que não sei pelo qual motivo me seduziram de alguma forma que por um momento quis até ter uma para mim, criá-la e ficar olhando todos os dias, mas que inveja de tanta liberdade e ousadia, deixa voar e que levem a sua pureza e brandura também para o lado de lá. Oh, formosas borboletas.

(Jéssica Barreto)

domingo, 29 de agosto de 2010

Dê-me choques.


Uma luz, cheia de fulgor, tem seu próprio comando, é independente, isso é bom ou ruim? Acende quando quer, apaga, fica fluorescente, encandeia, fascina, deslumbra, confunde suas próprias cores. Deixa-me no escuro, depois alucina iluminando devagarzinho e encanta. Terás energia até o final? Será igual às outras? Que queimam com o tempo? Esquecem-se? Tão comuns? Continue intensa e me deixando louca, não quero precisar te trocar, se eu ousar fazer isso? Dê-me choques que eu caio. Seja eterna. Marque. Fique.

(Jéssica Barreto)

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Perdeu a viagem.




Estou completamente feliz/triste e me sentindo mal/bem por dentro e por fora hoje. Estranho, eu sei. A vida ama me provocar desse jeito, me deixando sem entender o que sinto. E quer saber de uma? Ela consegue. Nesses dias, que não são muitos (sinto-me bem em dizer isso) de vai e vem de sentimentos me deixa confusa demais, é uma aventura aqui dentro, até parece que borboletinhas(prefiro imaginar assim) enviam mensagens boas e ruins ao mesmo tempo para todos os lugarezinhos do meu corpo/mente, mas me deixa tão bem quando passa, é prazeroso, juro. Você já deve ter experimentado isso. Se não? Perdeu a viagem, meu caro.

(Jéssica Barreto)

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Sinto e escrevo. Escrevo e sinto.


Escrever. Sentir. Expressar. Palavras. Banais. Não vivo de palavras difíceis em significá-las, não sei usá-las, admito, até queria, e até tento, e é legal descobri-las, tantas e tantos significados. Surpreendem. Um dia aprendo, mas por enquanto me expresso como posso, não me formei em nada ainda, e não sou escritora também, pelo que sei. Sou formada por carne, osso, alma e espírito como me dizem, enquanto não aprendo ou me formo em algo qualquer vou me virando assim, por enquanto tá sendo o suficiente, consigo sentir, com ou sem intensidade, eu sinto e escrevo, é o que importa não é? Para mim é. Sentir é perigoso. Eu gosto do perigo. É excitante. Sinto. Escrevo.

(Jéssica Barreto)

terça-feira, 15 de junho de 2010

Evito.


E se te evito, é pelo fato de não querer que isso venha à tona, volte a ser, a ser o que não era, ao que me iludia, ou que era verdade, não sei bem dizer. Evito pelo simples fato de ser fraca, porque esse filho da mãe desse amor me consome e eu me entrego, então evito-te. Não quero ver-te e não poder tocar, eu queria, eu quero te tocar, entende? Sai daqui. Exijo. Evito.

(Jéssica Barreto)

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Para Caio Fernando De Abreu.


Me vejo como uma boba te lendo, exatamente, só te lendo. Te imagino escrevendo, me arrepio sozinha vendo ou tentando imaginar o que passava pela tua cabeça, amo como amava e ama o amor, e todos os outros sentimentos, sinto como se tuas palavras fossem minhas ou para mim, sim, especialmente para mim. É como um êxtase na minha mente, uma paixão distante que me conforta de alguma maneira.

(Jéssica Barreto)

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Teu abraço.



Eu poderia fugir agora, com pressa, sem destino, para um lugar em que em minha mente sempre me declara, em que me iludo, em que me abalo, mas eu tenho um único problema, você teria que me emprestar teu abraço, e eu levaria ele comigo e nunca mais te devolveria, só assim você iria buscá-lo comigo, eu esperaria todo o tempo e te devolveria ele maior.
(Jéssica Barreto)

terça-feira, 25 de maio de 2010

Te espero..


Você é esquivo e me mata, porque eu não o vejo? Maltrata-me e se esconde, covarde. Eu sinto? Sim, eu sinto e descrevo. Eu finjo que descrevo, não sei o que é exatamente, só sinto. Oh estranho, não me faças mais isso, me prometa ou acabe logo com isso. Você se diz eterno? Conte-me outra. E se for? Desculpe, me precipitei. Devo confiar em você? É pra te seguir? E se você estiver errado? Ah, eu te mato. Não, não te mato, sei que nisso você ganha, você que sempre me mata, sempre vence, me derruba, me pega no ponto fraco... Por que continua se escondendo? Apareça. Se eu te visse seria tão límpido, eu poderia descobrir porque você faz isso e acabaria com tudo. Ou eu continuaria? Certamente, de algum modo você me faz bem, eu sei que faz, eu só não queria admitir. Agora eu estou remando, sim, contra você. Meu barco ta caindo, o caminho estava certo, até você me deixar confusa ta vendo? Agora remo, ainda remo e remo sim, não perco a esperança. Empresta-me uma bússola? Ajuda-me a achar o caminho certo? Não me deixa afundar, é sério, eu imploro. E aqui estou eu me matando por você de novo. Seja meu amigo, não me deixa ir em direção ao caminho errado para depois você chegar, me dar uma boa bronca, fazer-me arrepender de tudo, de todo o esforço e voltar tudo de novo. Juro-te que passaria por tudo de novo, mas aí eu já teria perdido as contas de quantas vezes fui e voltei. Você tem idéia de quantas vezes você me fez voltar? Não, você não tem, seu perverso. É para me testar? Se for obrigada, agradeço. Para me deixar forte? Sim, admito que me ajude muito. Para me deixar louca? Se for isso, já estou tá? Só peço-te que dessa vez seja mais claro para mim, seja exato, ou é impossível? Podia ao menos dizer o teu nome?

Amor? Hm, prazer te conhecer.
Sei que você vai estar sempre aqui comigo, aqui dentro, te sinto forte, mas estou esperando ajuda, seja meu amigo dessa vez, eu te peço...

(Jéssica Barreto)

domingo, 16 de maio de 2010

Por você, por mim.



Depois que te amei, que conheci o amor em mim, passei a me conhecer de verdade, literalmente, e agora sei dos meus limites, sei do meu extremo e até onde posso chegar, e também sei que já cheguei onde eu não queria, onde ultrapassou meus limites e minhas forças, onde anos atrás eu diria que não passaria por isso nunca. Então não ouse me machucar novamente, pois estarei imune a isso, e te mandarei embora e nunca mais olharei na sua cara, e estou mentindo, pois enquanto ele, o amor, estiver aqui comigo, irei passar por tudo de novo, e vai ser por você, só por você.

(Jéssica Barreto)

terça-feira, 4 de maio de 2010

Perverso labirinto .


De novo estou aqui, confusa e incerta enfiada naquele velho labirinto, sim, aquele em que eu estava irremediavelmente perdida ontem, em que quanto mais eu tentava sair mais longe ficava a saída. E lembro-me claramente como me sentia. Desordenada eu procurava o caminho, perto do final lembrava-me do começo, eu voltava, eu pedia pra voltar, eu pedia pra sair, me desesperava, a incerteza tomou conta e aqui estou eu de novo, no meio, sem conseguir sair, parada, sonhando. Será preciso quebrar todo esse muro e sair para nunca mais voltar? Eu tenho medo.

(Jéssica Barreto)

quarta-feira, 28 de abril de 2010


Uma suposta dor, suspeita, me desrespeita, sem pena, sem dó. Não pedir pena, peço que conforte-me e que me coloque em algum lugar seguro, em que eu nem se quer lembre-me daqueles meros dias de tanta ventura.

(Jéssica Barreto)

sexta-feira, 26 de março de 2010

Não solte a minha mão.


Segurou minha mão, me abraçou, me ajudou, me fez rir, me fez falar como nunca falei antes, contei segredos, compartilhei momentos, brinquei, abracei, beijei muito, chorei junto, briguei, brigamos, me fez fazer e falar coisas que não queria, me ensinou a não ser cabeça dura, aprendi, me fez correr,pular, gritar, dançar, me fez enxergar o errado e até mesmo o obvio que eu não queria ver, me fez feliz em todo momento. O tempo fez intenso. Viver separadas? Jamais isso passava em nossas cabeças. Um novo ser, ou vários? Coração dividiu. Esperei a prova. Sumiu. O coração escolheu um só lado. Cada um tem sua escolha. Correr atrás? Não. Forçar? Nunca. Tudo que é verdadeiro, é eterno, é amizade. E de repente soltou minha mão, e me deixou ir..

(Jéssica Barreto)

segunda-feira, 1 de março de 2010

Limite.



Dei a minha mão, mas não bastava, dei-me toda, entreguei-me. Vivi intensamente o que sentia e vivia. Então o tempo me mostrou o que quis e não quis ver, e infelizmente ele não ajudou, ou realmente não quis ajudar, ou quem sabe irá ajudar, mais nunca se sabe se vale à pena esperar, é confuso e incerto. Aceitar foi o que mais tentei, o que mais insisti. Não superei. O limite chegou, tornou-se uma barreira. Junção de amor e amizade? Não parece ajudar. Só você pode se ajudar. E no final estarei aqui, talvez não com a mesma intensidade, mas estarei. Estarei com todo meu amor ou toda a minha amizade, ou ambos juntos, e se não for o suficiente, desculpe, eu tentei.


(Jéssica Barreto)

domingo, 31 de janeiro de 2010

Não era.


Começo. Flores e prazer. Tentou. Cansou. Deixou de ser igual. Inevitável? O sangue esfriou. Mãos se tocam sem intensidade, beijos sem vontade, desejo de liberdade, escondendo a verdade, medo de ter medo ou apenas o medo. Tempo, oh tempo, virou remédio ou a própria cura? Preferiu o remédio, o instantâneo não existe, e seria fácil demais. Não curou com o remédio, nem com o melhor remédio. Desistiu? Não foi cruel? Ilusão, oh ilusão, não me atendas mais.

(Jéssica Barreto)

Tormento, atento e sentimento.


Aperto no peito, tristeza, tormento
tudo isso ao mesmo tempo, e totalmente contra o vento
pra passar vale tentar esquecer
acho que é o momento de crescer

Se eu pudesse explicar, eu tentaria resolver
sentimento que eu iria remover
problema meu, não queria que fosse assim
compartilhar é bom, ajuda a mim?


Quero sorrisos, encantos, falta de memória
ter o poder de mudar até a minha história
Quero novos lugares, novos ares
descobrir, sentar e observar uma nova árvore

Tudo se torna lento, ou mesmo atento
procuro em mim e não acho sentimento
quero sorrir, mas pra que mentir?
o vazio incomoda, e eu sempre tento fugir

Não se sabe se é certo tentar fugir da vida
acho que tudo é um fortalecimento
ou tem sido apenas um aquecimento
pra muitos e outros sofrimentos.

(Jéssica Barreto)