sexta-feira, 28 de maio de 2010

Para Caio Fernando De Abreu.


Me vejo como uma boba te lendo, exatamente, só te lendo. Te imagino escrevendo, me arrepio sozinha vendo ou tentando imaginar o que passava pela tua cabeça, amo como amava e ama o amor, e todos os outros sentimentos, sinto como se tuas palavras fossem minhas ou para mim, sim, especialmente para mim. É como um êxtase na minha mente, uma paixão distante que me conforta de alguma maneira.

(Jéssica Barreto)

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Teu abraço.



Eu poderia fugir agora, com pressa, sem destino, para um lugar em que em minha mente sempre me declara, em que me iludo, em que me abalo, mas eu tenho um único problema, você teria que me emprestar teu abraço, e eu levaria ele comigo e nunca mais te devolveria, só assim você iria buscá-lo comigo, eu esperaria todo o tempo e te devolveria ele maior.
(Jéssica Barreto)

terça-feira, 25 de maio de 2010

Te espero..


Você é esquivo e me mata, porque eu não o vejo? Maltrata-me e se esconde, covarde. Eu sinto? Sim, eu sinto e descrevo. Eu finjo que descrevo, não sei o que é exatamente, só sinto. Oh estranho, não me faças mais isso, me prometa ou acabe logo com isso. Você se diz eterno? Conte-me outra. E se for? Desculpe, me precipitei. Devo confiar em você? É pra te seguir? E se você estiver errado? Ah, eu te mato. Não, não te mato, sei que nisso você ganha, você que sempre me mata, sempre vence, me derruba, me pega no ponto fraco... Por que continua se escondendo? Apareça. Se eu te visse seria tão límpido, eu poderia descobrir porque você faz isso e acabaria com tudo. Ou eu continuaria? Certamente, de algum modo você me faz bem, eu sei que faz, eu só não queria admitir. Agora eu estou remando, sim, contra você. Meu barco ta caindo, o caminho estava certo, até você me deixar confusa ta vendo? Agora remo, ainda remo e remo sim, não perco a esperança. Empresta-me uma bússola? Ajuda-me a achar o caminho certo? Não me deixa afundar, é sério, eu imploro. E aqui estou eu me matando por você de novo. Seja meu amigo, não me deixa ir em direção ao caminho errado para depois você chegar, me dar uma boa bronca, fazer-me arrepender de tudo, de todo o esforço e voltar tudo de novo. Juro-te que passaria por tudo de novo, mas aí eu já teria perdido as contas de quantas vezes fui e voltei. Você tem idéia de quantas vezes você me fez voltar? Não, você não tem, seu perverso. É para me testar? Se for obrigada, agradeço. Para me deixar forte? Sim, admito que me ajude muito. Para me deixar louca? Se for isso, já estou tá? Só peço-te que dessa vez seja mais claro para mim, seja exato, ou é impossível? Podia ao menos dizer o teu nome?

Amor? Hm, prazer te conhecer.
Sei que você vai estar sempre aqui comigo, aqui dentro, te sinto forte, mas estou esperando ajuda, seja meu amigo dessa vez, eu te peço...

(Jéssica Barreto)

domingo, 16 de maio de 2010

Por você, por mim.



Depois que te amei, que conheci o amor em mim, passei a me conhecer de verdade, literalmente, e agora sei dos meus limites, sei do meu extremo e até onde posso chegar, e também sei que já cheguei onde eu não queria, onde ultrapassou meus limites e minhas forças, onde anos atrás eu diria que não passaria por isso nunca. Então não ouse me machucar novamente, pois estarei imune a isso, e te mandarei embora e nunca mais olharei na sua cara, e estou mentindo, pois enquanto ele, o amor, estiver aqui comigo, irei passar por tudo de novo, e vai ser por você, só por você.

(Jéssica Barreto)

terça-feira, 4 de maio de 2010

Perverso labirinto .


De novo estou aqui, confusa e incerta enfiada naquele velho labirinto, sim, aquele em que eu estava irremediavelmente perdida ontem, em que quanto mais eu tentava sair mais longe ficava a saída. E lembro-me claramente como me sentia. Desordenada eu procurava o caminho, perto do final lembrava-me do começo, eu voltava, eu pedia pra voltar, eu pedia pra sair, me desesperava, a incerteza tomou conta e aqui estou eu de novo, no meio, sem conseguir sair, parada, sonhando. Será preciso quebrar todo esse muro e sair para nunca mais voltar? Eu tenho medo.

(Jéssica Barreto)