quarta-feira, 21 de setembro de 2011


Sim, não tenho medo de ser, muito menos de sentir. Se estou mal, sofro sim, não minto, não para mim. Ando chorando todos os dias antes de dormir, basta olhar pra o travesseiro, penso em tudo que você foi, o que fomos, o que me fez fazer, e em como tudo se transformou tão rápido, em nada. E choro, choro mesmo e não nego, e parece que com isso, a cada dia que passa é como se fosse arrancado um grão de sofrimento de dentro de mim. Ando tendo uma dor minha, só minha, tão minha, silenciada, mal procurada, mas minha. Ando me encontrando todos os dias, dias que durmo chorando, acordo bem e anestesiada, até chegar à noite e lá estou eu chorando novamente, mas isso está fazendo eu me encontrar de uma forma tão sofrida, tão doída, mas merecida sabe? Vai chegar o dia em que meu travesseiro não vai mais precisar ser molhado antes de eu colocar a cabeça para eu conseguir dormir, não vai precisar ouvir meus sussurros, meus gritos para fora e para dentro de mim, de tanta dor, ele não precisará mais ouvir nem sentir nada meu, pois estarei completamente em mim, e estarei liberta de vez de toda essa merda. Uma merda que fez eu me conhecer tanto e me entregar tanto. Entregar-me completamente, a mim. Somente a mim.

terça-feira, 20 de setembro de 2011


Só em passar ao meu lado, sinto a sua energia de uma maneira desesperada, e que me deixa tão bem, como se nosso espírito, alma e mente se juntassem, como se fossemos uma só, e meu coração pulsa mais rápido, um jeito instantâneo de prece, eu acho. O meu amor precisa gritar como se quisesse ir além do que meu corpo pode aguentar. Você é a minha felicidade repentina, minha felicidade sem motivo que me pega de surpresa às cinco da manhã quando acorda, passa por mim e me diz sutilmente ''bom dia filha, você é um zumbi, não dorme mesmo né?''. Pertence-me, te pertenço. Você é realmente o amor da minha vida. Porque o amor quando é amor, é amor. E termino esse texto com olhos cheios de lágrimas, em saber que só sua existência consegue me trazer tanta, mas tanta felicidade, que nem cabe mais em mim. Que esqueço do mundo lá fora.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011


E seguindo assim cego, você acredita que é especial na vida de alguém, até conhecer a verdade, a máscara cair, a casa inteira cair. Todas as fichas apostadas são jogadas fora, sem medo do consumo, do gasto, do rastro. Então te pisam e dançam em cima, sem dor, rancor, amor. Até você perceber o engano, e que conseguiu acreditar em um corpo, apenas corpo. Que parecia não ter alma, nem espírito. Acreditou em uma mente que conseguiu ser tão cruel e nojenta, e assim passa a realmente crer em monstros. Sim, os monstros existem, e eles estão dentro de alguns seres humanos. Dentro de quem nós menos esperamos.